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Análise ergonômica do trabalho é uma solução para prevenir e lidar com desafios que aparecem no cotidiano dos colaboradores. Principalmente, para quem trabalha muitas horas na mesma posição. Dessa maneira, organiza-se uma série de condutas e estratégias para prevenir o aparecimento de perigos, promovendo um ambiente corporativo mais seguro.

Dessa forma, após a leitura deste texto, entenda o que é, realmente, a análise ergonômica do trabalho e quais são os seus objetivos. Além disso, saiba, exatamente, o que diz a Norma Regulamentadora 17, assim como quais são os reais benefícios desse procedimento de segurança. Continue a leitura e entenda agora.

O que é a análise ergonômica do trabalho?

Para garantir um ambiente de trabalho seguro e produtivo, regras como a NR-17 existem. Afinal, qualidade de vida também deve estar presente nesse local onde se passa boa parte do tempo durante os dias úteis. Então, primeiro observou-se quais doenças, diretamente relacionadas ao trabalho, podem ser desencadeadas devido à falta de estrutura e de uma educação para lidar com o corpo durante a rotina.

Assim, a análise ergonômica do trabalho é justamente essa observação e investigação do espaço laboral, buscando uma avaliação integral sobre quais os riscos causados, por exemplo, por uma postura incorreta. Ou, ainda, por questões como qualidade da ventilação, estrutura da iluminação do local e objetos ou utensílios com o tamanho inadequado.

Tudo isso com o objetivo de chegar a um equilíbrio para que o ambiente de trabalho proporcione o básico e o mínimo necessário para a ótima realização de todas as atividades cotidianas, bem como o enfrentamento, a partir de ações efetivas, dos problemas de saúde que já existem no local.

Quais são os seus objetivos?

Imagine o caso de dois colaboradores com tempos de atuação na empresa diferentes. O primeiro entrou recentemente e tem a saúde perfeita, o que inclui uma postura impecável. Porém, o ambiente laboral não está adequado à NR-17.

O segundo já trabalha há 13 anos no local e adquiriu escoliose em função de uma cadeira desconfortável. Além disso, esse funcionário sênior teve episódios de cisto pilonidal, inflamação perto do cóccix que tem risco aumentado de infecção com pus e sangue em situações de clima abafado e quente. Assim, o ambiente de trabalho era propício para isso, pois contava com ar-condicionado ineficiente e cadeira que esquenta, de estofamento de couro.

Dessa maneira, a situação desses dois trabalhadores representa um ciclo que tem como consequência o prejuízo para a empresa e para quem for contratado. O novo colaborador tem altas chances de adquirir problemas parecidos ou outros, em função do ambiente inseguro. Enquanto o segundo teve seu rendimento comprometido, precisando de longos períodos de afastamento e, inclusive, com possibilidade de sanções judiciais para a empresa.

Portanto, os objetivos da Norma Regulamentadora 17 é evitar que situações desse tipo aconteçam. Afinal, regras não existem de maneira gratuita e desconectada do contexto. Elas têm uma razão legítima para serem aplicadas. Por isso, logo abaixo, vamos entender melhor o que explica essa norma.

O que explica a Norma Regulamentadora 17?

A Norma Regulamentadora 17 destaca a palavra adaptação. Desse modo, a NR-17 mostra quais são as formas de adaptar o ambiente de trabalho para que ele funcione conforme às características psicofisiológicas dos colaboradores. Isso significa que é responsabilidade do empregador a investigação de quais condições ergonômicas são oferecidas e o ato de deixá-las em conformidade com a NR.

Ou seja, além da inspeção prévia do ambiente de trabalho, é necessário haver uma continuidade dessa prática. Isso porque novos cenários podem surgir, como a queima de uma lâmpada ou o empenamento de uma mesa. A regra é garantir que o trabalhador consiga realizar as suas atividades sem prejuízo.

Por exemplo, entre as queixas mais comuns dos trabalhadores figuram a dor nas pernas, na coluna e no pulso. Isso pode ser facilmente resolvido com cadeiras adequadas, apoio para os pés e mouse ergonômico. Certamente, são atitudes que necessitam de um investimento inicial. Porém, esse dinheiro direcionado prevenirá o gasto com questões de saúde, despesas trabalhistas e obrigatoriedade de contratação de funcionários para substituir aqueles enfermos.

Quais são os benefícios da análise ergonômica do trabalho?

Empresas que aplicam esse tipo de análise têm muitos benefícios. Como já citado, o aumento da produtividade dos trabalhadores é uma vantagem explícita ao adotar atitudes mais honestas e claras quanto à segurança do trabalho. Isso sem falar também da prevenção de multas e autuações.

Além disso, empresas que seguem a NR-17 ganham um aumento de credibilidade. A maneira como o mercado e os próprios colaboradores observam a cultura organizacional do local cresce positivamente. Logo, há um cenário que favorece o engajamento e o tão sonhado "vestir a camisa da empresa", que todo gestor deseja para a sua equipe.

Quem deve realizar a análise ergonômica do trabalho?

A AET deve ser realizada por fisioterapeutas e médicos. Eles são os profissionais mais qualificados para entender os pontos que necessitam de intervenção, a fim de garantir a melhoria contínua do ambiente de trabalho. Logo, apenas dessa forma será possível uma análise adequada. Afinal, para garantir que a implementação de medidas efetivas aconteceu corretamente, também é preciso ter cuidado com quem contratar para essa atividade.

As tantas vantagens geradas pela adequação à NR-17 devem ser suficientes para que essa escolha seja feita o mais rápido possível. Afinal, a boa reputação resulta em investimento e fortalecimento do nome da empresa em longo prazo, pontos importantes e buscados frequentemente pelos gestores.

Como você pôde perceber ao longo da leitura deste post, a análise ergonômica do trabalho é uma medida que visa garantir a saúde e o bem-estar dos colaboradores de uma empresa. Dessa forma, ao oferecer um ambiente mais seguro, as pessoas encontram mais oportunidades de produzir com qualidade. O resultado é a redução de custos, o que engloba menos despesas com afastamentos por acidentes, redução do aparecimento de doenças crônicas e mais produtividade.

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